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Motociclista morre em colisão com pick-up

Uma colisão envolvendo uma moto e uma pick-up provocou a morte do motoqueiro Fabrício Jean Lira Almeida, 31 anos, na entrada da PA-404, que dá acesso ao distrito de Benfica, em Benevides. O acidente teria ocorrido quando o condutor do carro, conhecido como “Caranguejo”, teria ultrapassado um ônibus, que estava no prego, e atingiu o motoqueiro, que vinha no sentido contrário, querendo chegar à BR-316.

O ônibus conduzia moradores de Benfica para fazer compras num supermercado por atacado na BR-316, mas, ao entrar na estrada de Benfica, teria parado por problemas mecânicos. Como a PA não tem acostamento, o máximo que pôde ser feito foi colocar parte do ônibus em cima da grama, com grande parte ainda na pista. Cerca de 20 minutos depois, o condutor da pick-up ultrapassou o ônibus parado e colidiu com a moto.

“Tinha uma pessoa embaixo do ônibus tentando ver qual era o problema. O motorista do carro desviou dele. Foi tão rápido que não houve freada nem businada. Só escutamos o barulho do choque”, afirmou o motorista do ônibus, que preferiu manter o anonimato. O choque frontal, segundo o motorista, fez com que o motoqueiro fosse arremessado por cima da caminhonete, que tinha uma caixa de som sobre ela. O motoqueiro, que estava de capacete, bateu com a cabeça na caixa e provavelmente quebrou o pescoço no choque. Para as testemunhas oculares que estavam no ônibus, não foi culpa do motorista. “Foi uma fatalidade”, concordaram.

Segundo o cabo Maurílio, da Polícia Rodoviária Estadual, o condutor do carro fugiu logo após o acidente. Ele, que seria uma pessoa com deficiência locomotiva e até mesmo visual, segundo os vizinhos, seria dono de um mercado a poucos quilômetros de onde houve o acidente. O DIÁRIO foi até o endereço indicado, mas o local encontrava-se fechado.

A dor de quem fica
Fabrício estava há cerca de um ano trabalhando como motorista numa linha de ônibus que presta serviço ao bairro de Águas Lindas, em Ananindeua. Ele costumava ir trabalhar sempre levando um capacete a mais, para que pudesse trazer algum colega de trabalho que viesse para o mesmo rumo”, informou o fiscal da mesma empresa Rosenildo Araújo, 36 anos.

O capacete do carona ele costumava pegar diariamente com a mãe dele, Belmira Lira Almeida, 60 anos, na escola onde ela trabalha. Como de praxe, ele voltou a fazer isso ontem. Coube então à progenitora o último contato dele com alguém conhecido. A irmã dela, Necy de Almeida Lira, estava no ônibus que ficou no prego. Mas ela decidiu voltar por conta própria e pegou um mototáxi. Assim que chegou em casa, soube que o sobrinho, “um pai carinhoso de três filhos, tinha morrido”. Outra tia dele, dona Margareth, o viu pela última vez há uma semana. Ela estava no local quando a perícia policial chegou. Nesse momento, curiosos e familiares amontoaram-se para olhar o estado em que ficou o corpo. Chorando e calada, ela era a única na cena do crime que buscava ohar para outro rumo, o caminho que Fabrício seguiria, caso não tivesse havido acidente.

A esposa dele, Regina Lira Farias, 29 anos, que tinha acabado de voltar de um culto quando soube da morte de quem foi seu companheiro por 11 anos, com o rosto molhado de lágrimas, procurou explicações na fé. “Ele foi levado pelo Senhor”, acredita. (Diário do Pará)

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