Caçador acha corpo carbonizado em matagal em Benevides
Só após a chegada de peritos do Instituto de Criminalística do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves foi possível descobrir que os restos mortais encontrados no interior da Fazenda Santa Paula, na estrada do Camelo em Benevides, eram de um homem.
O ato macabro foi descoberto depois que um homem que caçava passarinho na mata resolveu fazer necessidade fisiológica em uma área mais afastada de mata densa e encontrou o corpo totalmente carbonizado, sendo possível distinguir que era uma pessoa devido às pernas não terem sido destruídas pelo fogo.
O caso foi levado ao delegado Benedito Vilhena, da Delegacia de Benevides, que esteve no local junto com o investigador Pestana e os cabos Noel e Prado para levantamento das primeiras informações.
“O que dá para transparecer é que o corpo foi apenas desovado e queimado neste local”, informou o investigador Pestana.
RASTROS
O Instituto de Criminalística verificou, junto com o delegado João Paiva da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, marcas no chão de terra batida de pneus de um veículo no qual possivelmente estavam os criminosos quando foram completar o serviço.
O DIÁRIO acompanhou todo o trabalho de perícia e o levantamento do local do crime. Pela posição dos restos mortais encontrados, o homem teria sido levado amarrado, pois um pedaço de corda resistente foi encontrado no local, além de traços de vestimentas e uma mochila, completamente destruída pelas chamas.
Os peritos tentaram recolher pedaços de ossos que viraram cinzas e a parte dos membros superiores como mãos, braços e cabeça que foram destruídos pelo fogo.
LOCAL DE DESOVA
No local, os curiosos não adiantaram nenhuma informação que viesse colaborar com a identificação do morto. Segundo Manoel Ferreira, um agricultor que mora próximo ao local do achado macabro, este é o segundo caso em menos de três anos. “Há três anos dois corpos foram jogados ali mais em cima”, disse o agricultor.
Para a Polícia Civil, existe uma grande incógnita com relação ao crime, que não teve testemunhas e o local além de ser bastante ermo não tem vizinhos por perto, já que a fazenda foi desocupada recentemente por decisão da Justiça de Benevides. (Diário do Pará)
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