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Ex-presidiário é assassinado com dois tiros no Murinin

Ele não merece estar assim. Fizeram uma ‘casinha’ pra ele”. Estas eram as palavras de Cristina Barbosa Nascimento, tia de Janderson Nascimento da Silva, de 24 anos, assassinado com dois disparos de arma de fogo que o atingiram na cabeça, no final da noite de anteontem (26), na rua do Charque, no distrito de Murinim, município de Benevides.
Certamente, a especulação de Cristina baseia-se no fato de “Dodô”, como era conhecida a vítima, ter recebido um telefonema logo após retornar de Belém. Segundo uma cidadã que tinha estreitos laços com Janderson, ele havia visitado sua namorada na capital e, ao chegar a Murunim, recebeu uma ligação de uma mulher de prenome “Edilene”.
“Ele chegou com uma mochila nas costas e logo a ‘Sula’ – como seria conhecida Edilene – ligou pro Janderson e marcou um encontro aqui (rua do Charque)”, relatou a cidadã. Ainda de acordo com ela, “Sula” teria um relacionamento afetivo com “Dodô”. “Ele só ficava com ela por aqui no Murunim”, frisou a mulher, que insistiu para não ser identificada.
Janderson, que estava em uma bicicleta, foi alvejado por disparos na cabeça. Familiares observaram que tanto a mochila que ele carregava quanto um telefone celular, que ele carregava quando saiu de casa, não foram encontrados no local do crime.
Jescilene Nascimento da Silva, irmã de “Dodô”, informou ao DIÁRIO que ele havia saído do presídio há aproximadamente cinco meses, onde cumpria pena por tráfico de drogas.
Um adolescente de 15 anos, conhecido de Janderson, afirmou que ele não era envolvido em brigas e nem devia nada a ninguém. O perito criminal Vamilton Albuquerque de Almeida, do Instituto de Criminalística do Centro de Perícias Renato Chaves, confirmou que a vítima foi atingida na cabeça. “Foram dois disparos certeiros numa região letal”.

TRÁFICO
O delegado João Paiva, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, que esteve no local, disse que Janderson, o “Dodô”, seria um traficante que, antes ter sido preso, comandava o tráfico de drogas na área. “Possivelmente, o novo dono da ‘boca de fumo’ não queria permitir que ele (“Dodô”) tomasse a área de novo”, comentou o policial. (Diário do Pará)

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