Mototaxista tentou fugir para igreja, mas morreu em Benevides
Um grupo de 40 evangélicos que participavam de um culto de Santa Ceia na igreja Assembleia de Deus de Madureira, no bairro Independente, no município de Benevides, Região Metropolitana de Belém, na noite de sábado (10), não irão esquecer a cena de uma execução a dois metros do púlpito da igreja.
AUDÁCIA
Segundo uma testemunha que pediu para não ser identificada, a vítima Davi Pereira Duarte, 37 anos, invadiu a igreja correndo, sendo seguido de perto por um homem que empunhava um revólver.
“Ele deu o primeiro tiro quando ele corria pelas fileiras que separam os bancos e, quando ele caiu, o assassino ainda disparou duas vezes na cabeça do rapaz, na nossa frente”, disse a testemunha.
Investigando o caso, o DIÁRIO conseguiu informações dando conta que Davi Pereira Duarte estaria junto com dois homens dentro de um carro de cor escura e teria fugido dos assassinos quando recebeu o primeiro disparo. Como conhecia a rua, uma vez que mora bem próximo à igreja, acreditava que ali poderia evitar sua morte.
O pastor da igreja se preparava para ministrar o sacramento da Santa Ceia quando foi surpreendido por uma cena que jamais imaginaria ver. Um homem correndo e outro atrás disparando uma arma de fogo. “Eu não sei como não atingiu as pessoas que estavam sentadas atrás do púlpito”, disse uma congregada.
SILÊNCIO
A família do rapaz foi chamada, mas nada informou aos policiais civis da Delegacia de Benevides que atenderam a ocorrência e fizeram os primeiros levantamentos para tentar identificar e prender o criminoso.
Policiais militares da 25ª Zpol saíram em ronda pelo bairro, mas nenhuma pista surgiu.
Uma irmã da vítima disse que Davi começou a trabalhar há um mês como mototaxista em Benevides e que tinha saído de casa por volta das 18h. Ela informou não saber se o irmão vinha sendo ameaçado de morte nos últimos tempos e lamentou o fato.
A motocicleta que Davi Pereira Duarte usava para trabalhar foi encontrada a um quilômetro do local do crime.
O cabo Trindade e o soldado Anderson ficaram no local tentando ouvir testemunhas que descrevessem as características do criminoso e isolaram o local do crime até a chegada dos peritos do Instituto de Criminalística e da remoção do corpo. (Diário do Pará)
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